O mundo em que vivemos tem mudado muito rapidamente nos últimos anos. Em todas as áreas. O que antes era uma vantagem competitiva no mercado de trabalho, hoje não é mais.
Antes quem tinha a informação, o conhecimento, tinha poder. Claro, ter conhecimento continua sendo importante, mas hoje ele está acessível a todos. A internet possibilitou, entre outras coisas, a rápida disseminação do conhecimento. Deter ou ter acesso à tecnologia também foi, durante muito tempo, um grande diferencial. Hoje não mais. Primeiramente porque está muito mais acessível a todos e, segundo, porque muda muito rapidamente. Um nova tecnologia lançada hoje, em muito pouco tempo será superada.
Então como uma empresa pode se destacar no mundo globalizado e altamente competitivo em que vivemos?
O grande diferencial hoje é o capital humano. O que traz vantagens competitivas são as pessoas que fazem parte da empresa, que fazem a empresa.
Essa constatação não é nova. Muitas empresas têm investido em captar e manter os melhores talentos nos seus quadros funcionais. Salários e benefícios mais atrativos são algumas das armas que têm sido usadas na luta para reter os melhores profissionais. Muito tem sido investido em treinamentos também. No entanto, muitas vezes uma empresa, embora tenha expoentes na sua equipe, não consegue transformar isso em resultados.
Em muitos casos o que interfere de forma determinante no sucesso são as relações no trabalho. Porque a grande diferença entre o capital humano e o conhecimento e a tecnologia é que o primeiro é repleto de nuances, sendo muitas vezes imprevisível. Quando montamos uma equipe para realizar uma tarefa, muitas coisas são colocadas em jogo, sem que tenhamos consciência disso.
Cada indivíduo tem sua percepção do mundo, uma personalidade única, uma história pessoal, desejos e sonhos muito particulares. O que é fundamental para um pode não ser importante para outro. O que motiva cada um é diferente. Numa época de crise como a que vivemos no país o ambiente corporativo está mais tenso do que nunca. A busca por resultados, por se manter a tona é imperativa e cobra, muitas vezes, um alto preço. Isso interfere nas relações de trabalho.
Mais do que nunca é o momento de investir no capital humano, investir no plano pessoal. É capacitar, não tecnicamente, mas pessoal e afetivamente. É proporcionar à equipe uma oportunidade para baixar o nível de stress, potencializar os seus talentos, trabalhar as diferenças. Um espaço onde questões como poder, liderança, motivação entre outros podem ser olhadas de uma nova forma.
Questões afetivas interferem diretamente na produtividade, na criatividade e no desempenho profissional.
Nesse sentido a Psicomotricidade Relacional se apresenta como uma ferramenta diferenciada. Através do jogo simbólico e do lúdico, permite aos indivíduos contatarem com as suas dificuldades e potencialidades e proporciona a cada um a possibilidade de autoconhecimento, mudança e renovação. Por utilizar-se primordialmente na comunicação não verbal, acessa pontos que o pensamento racional não consegue, permite que as resistências sejam enfrentadas com mais facilidade e que os conteúdos vividos sejam integrados mais profundamente.