Hoje assisti um vídeo falando da importância do autoconhecimento para o sucesso e a felicidade. Verdade. É muito importante nos conhecermos profundamente para fazermos nossas escolhas de forma mais acertada. Já escrevi sobre isso em outro artigo (Conhece-te a ti mesmo).
Hoje quero voltar ao assunto, mas falando de um outro aspecto. Conforme vou me descobrindo e me conhecendo melhor, surgem duas tarefas importantes, mas nem sempre muito fáceis.
A primeira delas é mudar. E como é difícil mudar. Todos que tentaram deixar de fumar, começar uma dieta, ser menos ciumentos, etc. sabem como mudar exige esforço, atenção constante e perseverança.
Esse é um caminho de idas e voltas. Momentos de sucesso e retrocesso. Até que o novo comportamento se torna parte integrante de nossas vidas algum tempo vai se passar.
Algumas coisas são mais simples de mudar, outras mais difíceis e algumas impossíveis. Não importa o quanto desejamos ou o quanto nos esforçamos não conseguiremos mudar tudo o que não gostamos em nós.
E assim surge a segunda tarefa importante: aceitação. Não podemos passar a vida brigando com algo que faz parte de nós e não podemos mudar. É um gasto inútil de energia. É preciso aceitar.
Quando aceito minhas limitações, meus defeitos, quando aceito quem eu sou, me liberto! Estou livre para verdadeiramente Ser. Estou livre para viver o que é possível para mim, o que é a minha verdade.
As coisas se simplificam. Se alguém nos critica, aponta uma falha, isso não nos fere ou paralisa, pois já sabemos e aceitamos que é assim.
Quando alguém exige de nós algo que vai além daquilo que sabemos é possível para nós, podemos dizer não, sem culpa, nem desculpa. Não gastarmos energia em algo que sabemos de antemão não daremos conta.
A beleza de sermos quem somos está não só em nossas potencialidades, mas também em nossas falhas. Mais do que as qualidades, talvez o que nos torne únicos sejam nossos defeitos e a forma como lidamos com eles.
Quando aceitamos quem somos, paramos também de tentar nos encaixar no ideal do outro. Se eu me aceito em minha totalidade, também vou querer que o outro faça o mesmo.
Mas como fazer isso? Acredito que investir num processo psicoterapêutico ou analítico é um caminho para isso. Quem arrisca encarar-se de frente, desnudar-se sem pudor, enxergar-se em sua fragilidade tem a coragem necessária para a mudança e para a aceitação. Tarefa complexa, mas que é facilitada quando pode ser compartilhada com o psicoterapeuta ou analista, que lhe acompanha, lhe questiona, mas antes mesmo de você, lhe aceita como você é, sem julgamento.
Conhecer-se e aceitar-se além de liberdade nos traz a possibilidade real da felicidade e da prosperidade.