Muitos homens ainda acreditam nisso. Não só que não podem chorar, mas que não podem se emocionar, ter medo, ter sensibilidade, como se essas coisas os tornassem menos “homens”. Pena…
Estou falando de um preconceito que dá às mulheres o direito à fragilidade, ao medo, à emoção e aos homens o direito à força, à coragem, à fortaleza.
Bobagem. Homens e mulheres, ainda que diferentes, têm ambos o direito a sentir e expressar sua força, sua fragilidade, seu medo, sua coragem, sua raiva, seu amor. Ambos sofrem com esses estereótipos.
Outubro foi rosa, novembro é azul!!! E pelos mesmos motivos: conscientizar sobre a importância do autocuidado e da prevenção quando se pensa em câncer. Dessa vez quer se conscientizar os homens sobre a prevenção do câncer de próstata.
Se para algumas mulheres autoexame e prevenção é complicado para muitos homens isso é impossível!! E com isso ficam muito vulneráveis.
A dificuldade começa porque como são vistos como o sexo forte e tal, com um quê de super-herói invencível, pensar na possibilidade da doença é ir contra um princípio básico.
Cuidar-se para os homens é um conceito relativamente novo. Até pouco tempo atrás isso passava pela prática de esportes (o que ia de encontro ao princípio do herói ágil e forte) e idas ao barbeiro (reduto masculino por excelência). Hoje isso mudou. Homens e mulheres se encontram no salão sem problema. Homens não vão apenas para cortar o cabelo, mas fazem pedicure, manicure, tintura e depilação. Isso sem que sua masculinidade seja ameaçada ou questionada. Ótimo!
Mas quando a questão é ir ao médico para fazer exame de próstata as coisas ainda continuam difíceis. Preconceito diretamente ligado à sexualidade masculina, envolto no fantasma da homossexualidade. A piadinha geralmente envolve o receio de gostar, se apaixonar pelo médico etc. O assunto é sério e deve ser respeitado, mas não pode ser maior que a saúde, maior que a vida.
Nós mulheres temos um papel importante a desempenhar aqui. Primeiro incentivando nossos maridos, namorados, amantes, pais, amigos, irmãos a irem ao médico e fazerem todos os exames necessários. Ajudando-os a vencer o preconceito.
Segundo é ensinando nossos filhos desde pequenos que eles devem se cuidar, que eles devem se amar a esse ponto. Mostrando a eles que podem ser frágeis e fortes, podem ser corajosos e ter medo, que podem chorar!!!!
Porque, minhas queridas, todo homem machista, que não chora, não respeita a mulher, etc. tem uma mãe!





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