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Comportamento, Geral, Reflexão

QUAL A MUDANÇA POSSÍVEL?

Neste final de semana navegando pelo facebook me deparei com um vídeo em que um homem falava das constantes brigas com a esposa e como uma mudança em sua atitude fez com que as coisas melhorassem.

Ele comenta que ao refletir no chuveiro após uma briga feia se deu conta de que a esposa tinha um determinado jeito de ser e que ele não tinha como mudá-la. Que só poderia mudar a si mesmo.

Isso é um fato. Não podemos mudar o outro. Mudar a nós mesmos é possível, mas exige esforço e persistência. É uma verdade simples que esquecemos constantemente. Passamos muito tempo esperando que as pessoas a nossa volta mudem, preferencialmente na direção que consideramos a melhor, para que as coisas comecem a funcionar ou melhorem.

Queremos que os pais mudem, que os filhos mudem, os amigos, o chefe, os colegas mudem.

Pode ser que isso aconteça, mas não será porque nós queremos. A única pessoa que posso mudar sou eu mesmo. No entanto, quando eu mudo, a forma de agir, de falar, de pensar, acabo por mudar o contexto, a situação, a relação. Muitas vezes o outro muda também. É muito difícil continuar lidando do mesmo jeito com algo, ou alguém, que está diferente. Foi o que aconteceu com o casal do vídeo.

Estamos iniciando o ano preocupados. Donald Trump presidente dos Estados Unidos nos faz questionar o futuro do mundo. A morte de Teori Zavascki (tenha sido acidente ou não) nos faz questionar a continuidade da Operação Lava Jato e os destinos da batalha contra a corrupção. A crise continua.

Todos nós brasileiros queremos que o país mude. Queremos um país com menos corrupção, mais igualdade, mais dignidade, segurança, saúde, educação. Queremos que os políticos mudem. Podemos não eleger essas pessoas, mas não podemos mudá-las.

Acredito que a mudança que queremos, passa por uma mudança de cada brasileiro. A única que realmente podemos fazer acontecer.

Estamos esperando o Brasil se tornar um país de primeiro mundo, para nos comportarmos como cidadãos de primeiro mundo. É preciso inverter essa lógica. Mudemos primeiro. Mudemos nossas atitudes. Da próxima vez que sair e beber, não dirija. Não por medo de uma blitz, mas porque é o certo a fazer. Não use o celular enquanto está dirigindo. Não por medo de levar um multa, mas porque é o certo a fazer. Peça a nota fiscal. Não porque vai receber desconto no IPTU, mas porque é o certo a fazer. Não estacione na vaga de idoso ou deficiente por medo de ter o carro guinchado. Mas porque é o certo a fazer. Não discrimine por cor, religião, orientação sexual. Não por medo de ser preso, mas porque é o certo.

Essas mudanças de atitude não vão mudar o país de uma hora para outra, mas com certeza são passos na direção certa. Porque ética e cidadania não são para ser utilizadas conforme a conveniência, mas para serem vividas a cada dia.

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