Hoje pela manhã li um artigo no Facebook com o título “Grandes sofrimentos antecedem grandes mudanças”. Ele me fez refletir sobre a minha prática profissional.
Lembrei de uma frase de Freud (pelo menos é isso que o Google afirma) que diz: “Quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança a pessoa muda”. Isso parece ser verdadeiro. As pessoas me procuram quando algo vai mal ou dói o suficiente para fazê-las encarar um processo terapêutico. Normalmente já tentaram várias coisas que não surtiram o efeito desejado. O sofrimento permanece lá. Muitas sabem o que precisam mudar, mas simplesmente não conseguem.
Bem, é isso que um psicólogo faz, ajuda as pessoas a lidarem com sua dor, fazerem mudanças, encontrarem o seu caminho particular para uma vida mais plena, feliz e realizada.
Não precisaria ser assim. É possível poupar tempo e sofrimento. Para tanto mudemos o enfoque da psicologia. Tiremos o termo terapia e pensemos nela como uma viagem para dentro de si, um processo de autoconhecimento. O que quero dizer é que não deveríamos esperar a dor ser insuportável para buscarmos o psicólogo.
Sempre acreditei, muito antes de ser esta a minha profissão, que todo mundo deveria fazer terapia. Por que? Porque conhecer-se é muito bom e muito importante.
Primeiro porque ajuda a elevar a nossa autoestima, pois é muito difícil amar aquilo que não se conhece. Conhecer-nos profundamente. Sabermos de nossos defeitos e limitações, mas acima de tudo reconhecer e assumir nossas qualidades, nossos talentos e virtudes. Entender quais os nossos desejos, quais as nossas motivações. Ter clareza do que é realmente significativo para nós e o que é significativo para os outros e que estamos assumindo como nosso.
Segundo porque nos coloca como pilotos, protagonistas de nossa história. Quando nos conhecemos fazemos escolhas mais acertadas sobre quase tudo. Sobre a profissão que queremos e na qual temos mais chance de sucesso e realização, sobre as coisas das quais podemos abrir mão e das quais não, sobre o que buscamos numa relação afetiva, seja ela de amizade ou amor, qual o nosso propósito de vida. Somos mais autênticos e seguros.
Tudo isso acaba nos fortalecendo e nos preparando para enfrentar as dificuldades que surgirão.
Nessa viagem o céu não será sempre azul, turbulências existirão, mas ao final terá valido a pena. Para mim foi assim.
Não esperem uma dor tamanha, não percam anos de vida. A mudança pode acontecer, não sei afirmar se ocorrerá sem alguma dose de sofrimento, pois toda mudança implica em abrir mão de algo, mas aventurar-se pelo desconhecido e arriscar algo novo não é necessariamente insuportável.
Ninguém é mais importante do que nós mesmos. Busquem um psicólogo e comecem a mais bela viagem que vocês poderão fazer na vida, com destino à felicidade!





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