Em vez de uma definição formal do que seja a Psicomotricidade Relacional, optei por escrever um pouco mais, usando como guia as palavras que norteiam o trabalho, facilitando a sua compreensão. (se você não quer ler todo o texto role a página e abaixo encontrará um trecho em destaque com uma definição)
Aceitação. Começamos assim, aceitando o que a criança nos traz, sua forma de agir no mundo, de se comunicar. Você é agitada e não consegue parar um minuto? Você é muito tímida e quer ficar num canto? Você está brava e quer brigar? Você tem dificuldades para lidar com a frustração? Tudo bem. Aqui nesse espaço você pode ser do jeito que você é, sem julgamentos.
Positivo. Nossa crença primordial é no potencial da criança. Nos interessamos profundamente por aquilo que ela tem de bom, por aquilo que ela gosta e sabe fazer. Sabemos que ela tem inúmeras coisas boas dentro dela, muito mais do que dificuldades. Queremos olhar para isso primeiro, pois é a partir daí que ela vai conseguir vencer os seus desafios e superar as suas dificuldades.
Parceria. O psicomotricista relacional se coloca como um parceiro, que está ao lado e se engaja verdadeiramente nas propostas e jogos que a criança traz. Ao se colocar como seu parceiro de atividade, caminhando ao seu lado, muito mais do que observar e constatar, ele vai sentir e compreender o que ela quer dizer com seu comportamento, com sua atitude e, a partir daí, poderá ajudá-la.
Jogo simbólico. Essa é uma das ferramentas principais que o psicomotricista relacional utiliza no seu trabalho. O brincar, o lúdico. Os materiais que são trazidos para sessão possibilitam e facilitam o surgimento do jogo simbólico e, é através dele, que a criança vai falar de si, vai contar sua história, vai mostrar o que sabe fazer, suas qualidades, mas também vai dizer de sua angústia, de sua dificuldade, de sua dor. O brincar ajuda a baixar as defesas possibilitando que a criança acesse e expresse o que tem de mais profundo.
Tudo isso acontece num espaço protegido, de segurança.
O corpo. O principal instrumento do psicomotricista relacional. O corpo é o local de existência. É através dele que nos relacionamos com o mundo, com os objetos, com o espaço e com os outros. É nele que sentimos e é através dele que nos expressamos. Assim, queremos escutar o que o corpo da criança tem a dizer.
É assim que a Psicomotricidade Relacional trabalha. Proporciona um espaço protegido e seguro, onde a criança pode se expressar livremente, sendo aceita na sua totalidade, por alguém que acredita no seu potencial e que, se colocando como parceiro no jogo simbólico, vai através de suas intervenções ajudá-la a superar as dificuldades.
A Psicomotricidade Relacional foi criada por Andre Lapierre para trabalhar com crianças. Com o passar dos anos ela foi ampliando sua área de atuação. Por utilizar preferencialmente a linguagem não verbal é muito interessante para trabalhar com adolescentes, muitas vezes tão calados, e também com adultos. Por exemplo, nas empresas, a Psicomotricidade Relacional é uma ferramenta que pode ajudar na integração das equipes, na resolução de conflitos, na potencialização dos talentos levando a um aumento da produtividade e melhores resultados
Assim, a Psicomotricidade Relacional ajuda o indivíduo, seja ele criança, adolescente ou adulto, a superar os obstáculos que o impedem de reconhecer e assumir o seu poder, suas qualidades, de expressar o seu potencial criativo e utilizar tudo isso na construção de uma vida plena e feliz.




