Investir na relação de amor do casal é investir na família e no bem-estar dos filhos.
Se existe uma família, é porque antes existiu um casal. Ele é a base e a estrutura que sustentam a família.
Sim, é preciso cuidar dos filhos, mas, tão importante quanto isso, é cuidar do casal, dessa relação de amor.
O dia a dia corrido, cheio de demandas, acaba fazendo com que o cuidado com a relação do casal fique para depois — e depois. Isso não é bom para o casal, que se distancia sem perceber, mas é igualmente ruim para os filhos.
Os filhos precisam saber que, entre o pai e a mãe, existe algo do qual eles não fazem parte. Precisam saber que são muito, muito importantes, mas que não são a única relação que importa. Que existe outra, que começou antes deles, e que é tão importante quanto. Ser o centro da vida de uma pessoa é um lugar muito pesado para os filhos ocuparem.
A relação de casal dos pais é modelo para os filhos. Quando for a hora de formarem seu próprio casal, é esse modelo que eles vão, consciente ou inconscientemente, buscar.
Por isso, é muito importante que o casal encontre espaço, tempo e meios para cuidar da relação. A vida a dois já é desafiadora por si só — com filhos, o desafio é ainda maior.
Quando se tem uma rede de apoio — avós, tios, amigos, babás — que possam assumir, por um tempo (horas ou dias), o cuidado dos filhos, tudo se torna mais fácil. No entanto, quando não se tem uma rede de apoio, é preciso usar a criatividade para fazer com que momentos de conexão entre o casal aconteçam.
Cuidar da relação de amor não significa jantares à luz de velas, viagens românticas ou coisas do gênero. Sim, essas coisas são bem-vindas, mas não acontecem todos os dias — e não são suficientes para manter e fortalecer o vínculo entre o casal.
São os pequenos gestos cotidianos de carinho, cuidado, escuta e empatia que fazem a diferença.
Receber quem chega em casa com um abraço carinhoso, que dure mais do que dois segundos.
Perguntar sobre o dia e ouvir com atenção e real interesse. Olhar nos olhos.
Trazer para casa o doce preferido, uma cerveja diferente, uma rosa — algo simples que diga “lembrei de você, parei no meio da correria do meu dia e comprei algo que você gosta”.
É sair sozinho com os filhos para dar ao outro um tempo sozinho, para não fazer nada, descansar, ler, ir ao banheiro sem ser interrompido, tomar um banho mais demorado. Um tempo para sair com os amigos, jogar conversa fora e recarregar as baterias.
É andar de mãos dadas no shopping ou durante o passeio no parque com os filhos.
Olhar para o outro e entender o que ele precisa naquele momento: uma xícara de chá, lavar a louça, guardar os brinquedos…
É realizar pequenos desejos que o outro tem.
É dormir cinco minutos mais tarde para ficar quietinhos, abraçados em silêncio. É namorar. Um beijo enquanto arrumam a mesa. Esquentar o lugar do outro na cama, no inverno.
São pequenas coisas que passam uma mensagem fundamental:
não importa quão corrida esteja a vida, você é prioridade, eu penso em você, me preocupo, cuido de você, continuo te amando.





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