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Comportamento, Geral, Infância, Reflexão

Conversas em tempos de Pandemia 1

Olá!

Espero que vocês estejam bem.

Estamos passando por um momento singular. O mundo vive uma pandemia e nós estamos reclusos em casa por conta da quarentena que nos foi imposta. Precisamos cuidar das pessoas que amamos, de nossa comunidade e de nós mesmos.

Vivemos uma crise e temos que lidar com uma série de emoções e sentimentos. Medo, ansiedade, raiva, solidão, entre outros. A mudança na rotina e a convivência num espaço limitado o dia inteiro é um desafio.

Como para a maioria de vocês minha rotina também mudou. As aulas da faculdade estão suspensas e tive que me adaptar. Aprendi a dar aula online, criei atividades diferentes para que os alunos possam continuar com seu processo de formação e aprendizagem. Deixei de ir ao consultório. Os pacientes adultos e adolescentes tenho atendido online, mas as crianças e os pré-adolescentes estavam sem atendimento até essa semana.

A quarentena fez com que pais e filhos tenham que conviver em novas condições e com uma intensidade muito maior. Essa pode ser uma situação muito boa, de resgate, de estreitamento de laços, de redescoberta, porém também pode ser um tanto difícil para todos.

Sabendo disso entrei em contato com os pais para saber como estavam e para dar um apoio, quem sabe uma orientação, sugestões de atividades.

Fui surpreendida, pois as crianças e pré-adolescentes quiseram conversar. Marcamos um horário e cada um, na privacidade de seu quarto, conversou comigo. Eles me mostraram que eles também estão tendo algumas dificuldades e incertezas nesse momento.

Nos próximos artigos vou falar sobre o que podemos fazer para ajudá-los a atravessar essa tempestade com mais tranquilidade.

Um carinhoso abraço.

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Comportamento, Geral, Reflexão

TUDO BEM!

Não escrevo um artigo a mais de um mês. Uma crise de inspiração, talvez cansaço de final de semestre, preguiça, muitas podem ser as desculpas ou justificativas. Vários temas me passaram pela cabeça, comecei a escrever um ou dois textos, mas nada foi para frente. Inúmeras vezes me cobrei escrever, afinal estabeleci esse propósito: um texto por semana.

De um modo geral, a inspiração vem, e escrevo com certa tranquilidade, principalmente se considerarmos que não sou escritora, sou psicóloga. Mas nos últimos dias não consegui escrever.

Hoje acordei decidida: vou escrever! Chega de enrolação, autopiedade, desculpas e mãos a obra.

Estou a algum tempo encarando a tela do computador. Já comecei a escrever algumas vezes, mas nada me agradou. Então decidi compartilhar com vocês minha dificuldade e o que pensei a respeito dela.

Imagino que essa dificuldade não seja só minha. Vocês também devem passar por momentos assim, onde a inspiração não vem ou, mesmo gostando do que fazemos, não queremos fazer. Momentos em que uma série de outras coisas parecem muito mais interessantes e divertidas do que a tarefa que temos pela frente.

Isso é humano. Apesar do que os comerciais e anúncios quererem nos fazer acreditar, a vida não é uma eterna festa e o sucesso não vem fácil. É preciso uma luta diária, constante. E cansamos, desanimamos, desistimos ou paralisamos.

Opa! Esperem um pouco…

Relendo o parágrafo acima me questionei sobre duas palavras que escrevi.

Sucesso. O que representa isso para mim? Será que é o mesmo que para você? Tudo parece apontar para que sucesso seja traduzido por dinheiro, fama, posição social. Para alguns deve ser, mas não para todos. Mas todos os dias somos levados a acreditar que se não ganharmos mais dinheiro, não formos promovidos, não seguirmos subindo não estamos tendo sucesso. Acabamos por entrar nesse movimento de forma inconsciente e nos impor uma rotina estressante, de correria em busca de algo que nem sabemos ao certo se queremos. Nada contra ganhar dinheiro. Gosto bastante. A questão é estabelecer prioridades, e definir do que estamos dispostos a abrir mão para isso. O que me leva a segunda palavra.

Luta. Porque temos que estar sempre em guerra? Contra o tempo, por exemplo. Para fazer tudo que “precisamos”. Academia, sair com os amigos, namorar, cuidar dos filhos, passear o cachorro, ler o livro, assistir o filme, entregar o relatório, fazer o curso, conseguir a promoção, conquistar mais um cliente, escrever o artigo, e por aí vai.

Vou reescrever parte do parágrafo. (…) a vida é boa e pode ser melhor, conquistar o que desejamos está ao alcance de todos nós. Todos os dias podemos recomeçar, fazer novas escolhas ou renovar as que já fizemos. Todos os dias temos coisas pelas quais agradecer. Todos os dias aprendemos algo, nos modificamos. Nem sempre vamos conseguir tudo o que queremos, ou dar conta de fazer tudo a que nos propomos, mas podemos ser gratos por tudo o que conseguimos realizar e acreditar que podemos continuar fazendo.

Melhor assim, não acham?

De fevereiro do ano passado até agora escrevi 50 artigos, sobre os mais variados temas. Para mim isso é um sucesso. Tem gente que escreveu muito mais do que eu, talvez melhor do que eu. Tem gente que escreveu muito menos do que eu. Tudo bem.

Eu estou fazendo o meu melhor e se nesses últimos dias não consegui escrever não tem problema, pois não escrevi artigos, mas fiz inúmeras outras coisas a que me propus.

O que estou querendo dizer é que vamos nos cobrar um pouco menos, reconhecer e celebrar o que temos realizado, perdoar as falhas e seguir em frente. Porque viver é isso: seguir em frente, um dia de cada vez.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Comportamento, Geral, Reflexão

ESPERANÇA

Vivemos um momento tenso no Brasil. Não sabemos como isso vai terminar…

Tenho ouvido muitas pessoas desesperançadas com o destino de nosso país. De fato a situação é um tanto desanimadora. É muita corrupção, muito dinheiro envolvido, muita indignação.

Tenho, por força de minha formação, o hábito de procurar algo de bom em cada situação. Pelo menos um aprendizado.

Conversando com um amigo ele me fez ver um outro lado disso tudo. A corrupção existe no Brasil desde sua fundação. Ela é algo cultural até. O nosso famoso jeitinho muitas vezes leva à isso. Talvez em outra proporção, mas é só isso, uma questão de proporção.

Mas pela primeira vez essa ferida está sendo aberta. Estamos olhando para ela de frente e nos assustamos com o que vemos. Ela é maior e muito mais profunda do que nossa imaginação nos fazia crer.

E pela primeira vez estamos tratando essa ferida. Começamos a limpá-la. Esse processo não será fácil, afinal ela ficou sem cuidados por muito tempo. A infecção tentará voltar. Será preciso redobrado cuidado. Outras lesões poderão ser encontradas.

No entanto, o mais importante está sendo feito: começamos a enfrentar a situação. Isso nunca tinha sido feito antes. E, usando a mesma metáfora, ainda que saibamos que o tratamento é longo e doloroso, é preciso ter renovada a cada dia a esperança da cura.

A nós brasileiros, não diretamente ligados ao tratamento, nos cabe uma tarefa: mudar. Abandonar o hábito do jeitinho e abraçar a ética como princípio de vida em sociedade. Porque por melhor que sejam os tratamentos, se os hábitos permanecerem os mesmos, tudo voltará a ser como antes.

Vi esses dias uma palestra do TED em que Matt Cutts (https://www.ted.com/talks/matt_cutts_try_something_new_for_30_days) conta sua experiência de tentar algo novo por 30 dias. Pois é exatamente isso que proponho a todos nós brasileiros. Vamos tentar mudar uma atitude por 30 dias. Passar 30 dias sem usar o celular enquanto dirigimos, por exemplo. Ou não sentar no lugar do idoso no ônibus.

Porque, afinal, somos todos responsáveis por transformar o Brasil no país que queremos.

 

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Comportamento, Geral, Reflexão

RAZÕES PARA A BALEIA SER AZUL

O jogo da Baleia Azul e o seriado Thirteen Reasons Why, ambos dirigidos ao público adolescente, trazem a tona um tema difícil, mas que precisa ser tratado. Não acredito que nenhum deles tenha a capacidade de fazer com que um jovem atente contra a própria vida. Mas acredito que para aqueles que, envoltos em dor e desesperança, já pensam seriamente no assunto eles sirvam como a justificativa que falta.

Não quero falar do jogo ou do seriado, mas refletir sobre o que leva um adolescente a querer se matar.

A adolescência é um fase de transição, de mudanças profundas e, por isso, de fragilidade. O adolescente vive entre dois mundos. Passa pelo luto de abandonar a infância, as brincadeiras, a leveza. Não são mais crianças e, por isso, não lhes é mais permitido agir como tal.

No entanto, ainda não são adultos. Não tem a autonomia e a liberdade que os adultos têm de determinar a sua vida. Aquilo que, a princípio, lhes parece o melhor da vida adulta, lhes é negado. Por outro lado, lhes cobram um comportamento mais responsável e congruente.

O corpo muda, os pais mudam sua forma de tratá-los, os amigos mudam, o mundo a sua volta muda. Ao término dessa fase precisam ter definido sua identidade, sua sexualidade, sua profissão.

Para lidar com tudo isso o adolescente torna-se rebelde ou se isola, questiona e critica. Momento complexo para todos os envolvidos.

Uma das principais tarefas a realizar nesse período é separar-se dos pais. Não fisicamente, mas afetivamente. É perceber que os pais são humanos e não heróis. É discordar deles, pensar diferente, encontrar o seu repertório de atitudes e valores. É lapidar e dar contornos ao adulto que virá a ser.

Para fazer isso o adolescente tem a necessidade de contrapor-se, de confrontar.

Para que todas essas mudanças aconteçam da forma mais tranquila possível é preciso que o adolescente sinta-se protegido e seguro. Ele precisa de limite!!

Um limite amoroso que faça com que ele se sinta cuidado. Ele está se transformando, enfrentando um universo de novidades e precisa sentir que existe uma rede de segurança a sua volta.

Essa rede tem nome: pais. Infelizmente, muitos jovens não podem contar com ela, pois muitos pais estão abrindo mão do seu papel para se tornarem “amigos” dos filhos. Amigos eles têm muitos! Pai só um. Mãe só uma.

Ser pai de adolescente implica em ser chato, antiquado, retrógrado. Implica em críticas, mau humor, cara amarrada, birra, portas batendo, etc. Implica em ser a rede da qual o jovem vai, aos poucos, afrouxando os nós, mas que está ali para lhes dar segurança e, por isso mesmo, leva o maior impacto.

Quando os pais abandonam o seu lugar deixam o adolescente desprotegido. Ele não está preparado psiquicamente, neurologicamente para lidar com isso. Não está suficientemente amadurecido. Precisa de orientação, de cuidado. Não poder contar com essa rede pode ser desesperador e angustiante. É enfrentar uma batalha sem estar preparado, sem ter as armas necessárias, sem ter orientação.

Não ser a rede que dá sustentação e segurança é deixar essa posição livre para ser ocupada por outro agente. Uma gangue de adolescentes, as drogas e o álcool, adultos abusadores, etc. O adolescente precisa de limite e vai buscá-lo até encontrar. Se não encontra na família, encontrará na polícia, no hospital psiquiátrico, na morte.

Ser pai de adolescente é desafiador, mas é rico em aprendizado. Viver esse período de forma um pouco mais tranquila é fruto de todo um investimento afetivo, e de limite também, feito ao longo da infância.

A recompensa é ver os filhos se tornarem adultos responsáveis, produtivos. Com escolhas diferentes, mas igualmente ricas em possibilidades. É saber-se nem expectador, nem diretor. Talvez ajudante de palco, que dá ao ator principal a condição necessária para brilhar.

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Crise

O Brasil está passando por uma crise importante. Muito se tem falado sobre o assunto nos jornais, na TV, nas redes sociais, revistas e rodas de bate papo. Nesses momentos se ouve que toda crise também esconde uma oportunidade. Chega a ser um lugar comum.

De fato alguns conseguem sair da crise melhores e mais fortalecidos do que estavam inicialmente. Outros aproveitam o momento para fazer ajustes, mudanças. No entanto, a maior parte se retrai com medo do que irá acontecer em seguida. Isso acontece com pessoas comuns, com empresários e instituições.

Essa reflexão é dirigida ao mundo dos negócios. Normalmente o que se faz é diminuir custos e buscar estratégias para manter o fluxo de negócios, ou minimizar a sua queda. Perfeito. As estratégias podem envolver o uso da tecnologia, busca de novos conhecimentos, agregar valor ao produto, seduzir o cliente.

É importante lembrar que nesses momentos a tensão é muito grande entre os funcionários, que sentem a crise em suas casas, que temem por seus empregos e são pressionados por resultados. O stress é grande e, muitas vezes, gera conflitos no grupo, doenças chegando a interferir na produtividade.

Acreditando que a crise traz consigo também uma oportunidade, talvez esse seja o momento de investir na equipe. De que forma?

Investindo no bem estar, na integração do grupo, no desenvolvimento de suas potencialidades.

Investir no bem estar porque o stress pode chegar a intervir negativamente nos negócios. Mau humor, depressão, brigas, doenças psicossomáticas interferem diretamente na produtividade. Pode também afetar a qualidade do atendimento, tanto ao público externo, como ao público interno.

Investir na integração da equipe para que, mais do que nunca, todos possam estar unidos em prol do objetivo comum, colaborando uns com os outros, pensando o tempo todo como um time e buscando as melhores estratégias para ganhar o jogo.

Investir no desenvolvimento das potencialidades porque é nesse momento que a estrela de cada um tem que brilhar mais forte. O conhecimento, as qualidades, a experiência, tudo precisa estar à disposição para vencer a crise.

Ótimo. Mas como fazer isso?

Usando como ferramenta a Psicomotricidade Relacional que num setting diferenciado, com uma proposta inovadora trabalha todos esses aspectos.